O que os santos ensinam sobre a amizade com Deus
Crescer na amizade com Deus requer de nós um amor por Deus e uma autêntica vida disciplinada. No exercício da disciplina é que muitos santos progrediram na vida espiritual.
Em se tratando dos tempos atuais, onde parece que não dá para “perder tempo rezando”, a amizade com Deus tem ficado cada vez mais distante do ser humano. O que fazer para mudar essa postura e dedicar-se mais ao relacionamento com Deus? Vejamos o que nos ensina alguns santos:
Santa Teresa D`Ávila
Nascida na Espanha, Santa Teresa de Jesus é considerada uma Doutora da Igreja. Ela muito ensinou suas carmelitas sobre o caminho da oração e escreveu livros que relatam como progredir no caminho da oração, dentre eles destacamos o “Livro da Vida”, “Castelo Interior” e “Caminho de Perfeição”. Uma de suas frases mais difundidas é a de que “a oração é um trato de amizade com Deus”. A partir do relacionamento com Deus, a alma engrandece ao Senhor e passa a tê-lo como centro da vida tendo a segurança de que “Só Deus Basta”.
São João da Cruz
Amigo de Santa Teresa e confessor das monjas do Carmelo da Encarnação, em Ávila, São João da Cruz ensina que a oração vai além de estruturas físicas. O santo ficou preso durante nove meses em uma cela do convento de Toledo por causa de seus prodígios e de sua fama em Ávila. Ele é muito conhecido pelos seus poemas e cânticos espirituais. Um dos mais populares é o da noite escura, onde ele relata a alma que busca o Amado: “Onde é que te escondeste, Amado, e me deixaste com gemido? Como o cervo correste, havendo-me ferido; saí, clamei por ti, havias partido”. Diz-nos ainda que “quem foge da oração, foge de todo o bem”.
Santo Agostinho
Para Santo Agostinho a intimidade com Deus é a certeza de saber viver bem. “Quem sabe bem rezar, sabe também viver bem”, assim ele descreve a oração. Ou seja, aquele que tem um bom relacionamento com o Senhor certamente saberá viver o relacionamento com os irmãos e as criaturas.
São João Paulo II
Para São João Paulo II, existem muitas formas de se ter uma amizade com Deus. Uma das mais freqüentes é “a chamada colóquio, conversação, entretenimento com Deus. Ao conversarmos com alguém, não somente falamos, mas também escutamos. A oração, por conseguinte é também uma escuta. Ela consiste em pôr-se à escuta da voz interior da graça”. Isso significa que durante a oração é preciso sim parar para escutar a Deus.