Quando se trata de amor, muitos podem idealizar um sentimento explosivo, que simplesmente surge a partir de um estímulo sensível de paixão, atração ou bem-estar. Será possível que alguém aprenda a amar? Jesus, nos Evangelhos, diz: “Amai uns aos outros”. Se existe um mandamento é porque existe uma forma prática, concreta e real de alcançar tal chamado. 

Com 7 exercícios práticos, é possível educar o coração e a mente a decidirem-se pelo Amor, seja aos mais próximos ou até com os mais difíceis. 

1. Procure alimentar sua espiritualidade 

São João definiu Deus de modo categórico: “Deus é amor” (I Jo 4, 7). Logo, d’Ele provém a capacidade de amar. Em todo amor genuíno, existe a presença de Deus. Para se aprender a amar é necessário uma vida espiritual, de intimidade com o Senhor. Ele será a escola, o modelo, o impulso, o ânimo e o recomeço, sobretudo quando amar for muito difícil. Ele é o Amor!

2. Medite com as palavras do Evangelho 

Deus, que é Amor, deixou nas linhas do Evangelho a fórmula perfeita de amor. A encarnação do Verbo revelou até onde Deus iria para salvar os pecadores. São João Paulo II certa vez ressaltou: “Deus foi tão longe, e parou a um passo do nada!” Quem somos nós diante da Grandeza do Pai? 

É no Evangelho que podemos meditar o Amor Encarnado, sua vida e suas palavras para mudarmos toda mentalidade mundana e egoísta. 

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3. Dê atenção aos seus familiares

Muitas vezes é possível cair na tentação de instrumentalizarmos as relações familiares. Pai, Mãe, irmão, esposo, filho, como pessoas que só obtém nossa atenção quando existe a necessidade de algo. É preciso lembrar-se que a principal graça vivida e experimentada em uma família deve ser o amor, expresso na atenção, no cuidado, no zelo e na alegria compartilhada. Por isso, a atenção dada aos familiares possibilita que se aprenda a amar.

4. Reflita sobre quais pessoas precisam do seu perdão 

Uma realidade que também ensina a amar é o perdão. Não se pode esperar que o outro seja perfeito, inabalável ou impecável. Todos erramos. Portanto, é importante refletirmos acerca das pessoas que ofendemos, ou que nos ofenderam. Olhar para dentro de si mesmo e escolher perdoar, ao invés de guardar rancor.

5. Perdoe sem demora

Mais do que uma reflexão intelectual, é preciso uma decisão e perdoar, e fazê-lo sem demora. Infelizmente, muitos passam anos e anos sem dar nem receber perdão. Este é um exercício que precisa ser diário, se quisermos uma vida íntegra e repleta de amor. Só o perdão pode vencer as barreiras dos nossos erros e transformá-los em caridade. Perdoe hoje! Perdoe a ofensa do café da manhã e recomece! “Não se ponha o Sol sob o vosso ressentimento!” (Ef 4, 26)

6. Faça pelo outro o que você gostaria que fosse feito a você, a Regra de Ouro

O próprio Jesus nos deixou essa, que costumou-se chamar de Regra de Ouro. Olhe para o outro e perceba nele a mesma dignidade que há em você: imagem e semelhança de Deus (Gn 1, 26). O que faz a você digno de felicidade e bem-estar também faz o outro. A partir disso, amá-lo será fazer por ele o que gostaria que fosse feito a mim, sem esperar nada em troca. 

7. Use melhor o seu tempo em vista do outro 

Vivemos em um momento no qual, se perde muito tempo em redes sociais, TV e demais distrações. Não é incomum encontrarmos num restaurante ou lanchonete, duas ou mais pessoas perdidas no ambiente digital, e sem trocar uma palavra no mundo real. Esse, talvez, seja um dos exercícios mais necessários: permita-se usar seu tempo melhor. Esteja – de verdade – com quem está ao seu lado!  Solte o celular, e seja sinal de amor.