Os 4 hábitos da felicidade
O evangelho de hoje nos apresenta Jesus dando aos fariseus dicas de educação social. Mas se olharmos mais de perto, veremos que Jesus está nos ensinando algo muito mais importante e profundo, toda uma filosofia de vida. Eu o chamaria “os hábitos da felicidade”.
A coisa que mais atrapalha nossa felicidade é o orgulho e a que mais ajuda a combater o orgulho é a humildade. Você pode ter dinheiro, casamento, família, fama, reputação, mas se não controlamos o orgulho, vamos viver com um monte de conflitos, você não é feliz. Você sofre onde quer que tenha conflitos.
Esses hábitos estão implícitos no ensinamento de Jesus e em concreto nas parábolas que conta hoje. O que Jesus nos ensina é:
Completamente contra-cultural. A cultura de hoje nos ensina justo o contrário. Impor-se sobre os outros, dominar os outros, etc. Em segundo lugar, é algo completamente anti natural. Ou seja, não é o sentimento que vem naturalmente. O pecado que habita em nós nos leva exatamente no sentido oposto.
O que vamos aprender hoje, você terá a oportunidade de exercitar esta mesma semana. Sempre temos, mas Deus nos coloca este evangelho para que pratiquemos a humildade, então Ele vai te colocar numa situação que exigirá colocar em prática a humildade.
Hábito 1: Domínio próprio.
Diminua os conflitos renunciando ao orgulho
O que mais atrapalha nossa felicidade são os conflitos e a raiz de todos os conflitos é o orgulho.
São Paulo afirma:
“Vivei pelo Espírito, e de forma alguma satisfareis as vontades da carne! Porquanto a carne luta contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne. Eles se opõem um ao outro, de modo que não conseguis fazer o que quereis.”
(Gálatas 5, 16)
Por isso, uma das virtudes mais importantes para ser feliz é ter domínio próprio, capacidade de controlar nosso orgulho e nossa sensualidade. Não tem jeito, o primeiro hábito da felicidade é dominar nosso orgulho e nossa vaidade. Poderíamos chamar isso do hábito do domínio próprio.
Hábito 2: Humildade
Aumente a harmonia, escolhendo a humildade
Jesus não diz apenas “não escolher os primeiros lugares” Ele agrega “procure o último lugar”, ou seja, “faça a escolha humilde”. A humildade é uma escolha, é uma decisão que temos que tomar conscientemente, deliberadamente, temos que mortificar nosso orgulho. Não é uma escolha natural.
A humildade é como a pérola que está no fundo do mar e que os mergulhadores colhem com muito esforço. Eles vão pela superfície, e quando encontram uma ostra, tomam ar e descem para pegar a pérola. Para chegar até ela, tem que fazer um esforço grande, tem que nadar e mergulhar contra a pressão que puxa para cima… Assim é nosso orgulho. A pérola da humildade a colhemos com um esforço permanente e quando a conseguimos, temos que seguir fazendo esforço, porque a pressão natural será voltar à superfície, ou seja, ao orgulho.
Hábito 3: A atenção
Cresça na humildade prestando atenção aos outros
O caminho da humildade nos leva a prestar atenção às outras pessoas, estar mais preocupado pelos outros que por nós mesmos.
A capacidade de colocar nossa atenção nos outros e não tanto em nós mesmos é uma das características da humildade, temos que aprender a olhar para os interesses dos outros. Quer ser feliz? Busque pensar nos outros antes de você mesmo, isso lhe trará a humildade. A humildade lhe trará a harmonia e a harmonia lhe trará a felicidade.
Hábito 4: A reta intenção
Purificar a intenção, reservando a felicidade para o céu
Ao final, Jesus vai ainda mais longe. Aconselha o fariseu que o convidou, convidar para o banquete aleijados, pobres, coxos e cegos e Jesus agrega:
“Então serás feliz, – note-se que estamos falando da felicidade – porque eles não podem te retribuir e assim receberás uma recompensa na ressurreição.”
(Lucas 14, 14)
Jesus agrega outra característica da felicidade: a reta intenção, a pureza de intenção. Por quê? Porque a fé na recompensa eterna nos permite viver livre de expectativas neste mundo, nos ajuda a colocar nossa esperança no prêmio do céu, não no que as pessoas podem nos dar aqui na terra.
Em poucas palavras Jesus nos ensina o caminho da felicidade onde menos esperávamos que ele pudesse estar. Na humildade, no domínio próprio, na atenção aos outros, na reta intenção.