A Quinta-feira Santa marca o início do Tríduo Pascal e os primeiros momentos do ponto culminante do cumprimento da missão de Jesus. Nosso Senhor está reunido com seus apóstolos no cenáculo e os acontecimentos desse dia são narrados em pormenores nos evangelhos. 

É nesta ceia que a traição de Judas se consuma, é nesta mesma ceia que Jesus deixa seu testamento a seus discípulos, o mandamento do amor.

Na Quinta-feira Santa, somos convidados a aprofundar no mistério do amor de Deus manifestado na instituição da Eucaristia e no lava-pés. São Tomás de Aquino, um dos grandes doutores da Igreja, nos lembra da importância desses eventos e sua profunda conexão com o sacrifício redentor de Cristo. Ele nos lembra que na Eucaristia, o próprio Cristo se faz presente sob as espécies do pão e do vinho, oferecendo-se a si mesmo como alimento espiritual para nossas almas sedentas.

“Ó maravilha da nossa humildade! Ó amor inefável! Que o Senhor do universo, o Deus eterno e Filho do Eterno Pai, que tudo criou, quis ser comido por suas criaturas!” – São Tomás de Aquino, Summa Theologiae

Santo Agostinho nos lembra da importância de receber a Eucaristia com corações purificados e fervorosos, prontos para receber o Cristo vivo em nossas almas.

“Ó sacramento da piedade! Ó sinal da unidade! Ó vínculo de caridade!” – Santo Agostinho, Sermões

Na Eucaristia, Jesus se faz presente sempre e aquele amor, que já era misterioso ao se fazer homem, ao morrer por nós, se torna ainda mais profundamente misterioso ao se fazer nosso alimento.

Jesus rompe as barreiras do espaço e do tempo e se faz junto a nós, por inteiro, em cada partícula da Eucaristia. Que amor profundo!

Que possamos, nesta Quinta-feira Santa, abrir nossos corações para receber o dom inestimável da Eucaristia com verdadeira devoção e enorme gratidão. Que possamos nos unir ao Cristo em sua oferta redentora, encontrando nele a fonte de vida e graça para nossas almas sedentas.