Bernardo de Claraval, grande devoto de Maria
No dia 20 de agosto celebramos a memória de São Bernardo de Claraval, esse grande homem de fé, tão importante para a vida da Igreja, conhecido por sua sabedoria e também por sua devoção a Nossa Senhora.
Caso você não saiba, quando rezamos a oração da Salve Rainha, repetimos invocações feitas por esse santo que nasceu no final do século XI. Conta-se que, quando estava na Alemanha, ao adentrar à catedral de Speyer, dedicada à Virgem Maria, exclamou por três vezes: «Ó Clemente; Ó Piedosa; Ó Doce Virgem Maria!»
Bernardo nasceu em 1090, no Castelo de Fontaine, perto da cidade de Dijon, na França. Filho de nobres, foi o terceiro entre sete irmãos e destacava-se, ainda menino por sua inteligência e beleza. Aos 22 anos ingressou na Abadia de Cister como monge e seu testemunho em viver a alegria de sua entrega a Deus foi tamanha que trouxe para o mosteiro mais de 30 homens, entre eles, irmãos, um tio e amigos.
Depois de dois anos em Cister, foi enviado para o vale de Langres com a missão de fundar a Abadia que ele chamou de Claraval (Vale Claro), da qual foi o primeiro Abade, com apenas 25 anos. Bernardo e seus monges viviam sua entrega a Deus de tal maneira que o mosteiro de Claraval ficou conhecido em toda a França e, em pouco tempo, em todo a Europa.
Exímio estudioso das coisas de Deus e homem de profunda oração, Bernardo participou ativamente em momentos importantes da Igreja, como o Concílio de Latrão, em que foi secretário, sempre a pedido do Papa.
São Bernardo também era conhecido por sua sólida e profunda devoção à Virgem Maria, que lhe foi sustento em seu apostolado importantíssimo para o Povo de Deus.
O monge faleceu em 1153 e foi canonizado em junho de 1174, pelo Papa Alexandre III. Em 1830, o Papa Pio VIII o declara Doutor da Igreja, em razão de suas pregações, suas milhares de cartas, mais de 300 sermões e suas obras escritas. Ainda que tenha vivido posteriormente ao período Patrístico, é considerado por analogia como o último dos Padres da Igreja.
Entre suas obras, como o Tratado do Amor de Deus, o Comentário ao Cântico dos Cânticos e o famoso canto Ave Maris Stella, encontramos a belíssima oração que ele compôs a Nossa Senhora:
Lembrai-Vos, Oh! puríssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à Vossa proteção, implorado a vossa assistência e reclamado o vosso socorro, fosse por vós desamparado. Animado eu, pois, com igual confiança, a Vós, Virgem entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho e gemendo sob o peso de meus pecados me prostro a vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que vos rogo. Amém.
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