A palavra mais repetida nestes dias de Natal é “felicidade”. Todo mundo se abraça dizendo “Feliz Natal”. Todo mundo deseja felicidade para os amigos, familiares e para o mundo inteiro.

A palavra felicidade aparece por todas partes: Nos anúncios da TV, nos cartões de Natal, na entrada das lojas, nas sacolas das compras e nos presentes. É o período do ano que mais vemos e repetimos a palavra felicidade.

E não é para menos. Felicidade é o que todo mundo busca na vida. Tomamos todas as nossas decisões baseados na busca da felicidade. Todas as escolhas que fazemos, as fazemos porque queremos ser felizes.

Nos capítulos dos Evangelhos que narram o primeiro Natal, a palavra feliz ou felicidade é repetida 8 vezes. É um tema central no Natal. Por isso, dizemos “Feliz Natal”, não “Triste Natal”. Natal é uma festa, uma celebração, um grande motivo de alegria.

Mas o que é a felicidade?

A felicidade, no sentido da Bíblia, é algo interior, não depende das circunstâncias exteriores. A felicidade é uma escolha, uma decisão que nós podemos tomar inclusive com circunstâncias adversas.

Você pode ser feliz até mesmo em meio a provações e dificuldades. Você sempre terá a possibilidade de escolher a felicidade e não a amargura.

A felicidade é a certeza de que Deus está no controle de cada detalhe de minha vida e que ao final tudo dará certo.

No mundo existem algumas barreiras, alguns inimigos da felicidade. Esses inimigos destroem a nossa felicidade com grande facilidade. São obstáculos que a vida coloca e nós podemos tropeçar, cair por causa deles se não estivermos atentos.

OS TRÊS PRINCIPAIS DESTRUIDORES DA FELICIDADE

A ansiedade e a preocupação

Este é o primeiro inimigo da felicidade. Você não pode ser feliz e ao mesmo tempo estar ansioso e preocupado. Ou um ou outro. Quando a ansiedade entra pela porta, a felicidade sai pela janela. Quando estamos ansiosos, assustados, nervosos ou estressados, não somos felizes. Esses sentimentos destroem nossa felicidade.

Maria teve um Natal com muito estresse e ansiedade. Se você enxerga de perto as circunstâncias do Natal para ela, verá que tinha todos os motivos para ser profundamente infeliz no Natal. Mas ela faz uma escolha:

Quando Maria sentiu medo, ela confiou em Deus e aceitou seu plano

Essa foi a resposta de Maria às circunstâncias tão adversas que teve que enfrentar. Confiar em Deus, ter a certeza de que apesar de tudo, Ele está no controle.

O anjo Gabriel disse a Maria: “Não temas, Maria; pois achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Este será grande e será chamado filho do Altíssimo; o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; e reinará eternamente sobre a casa de Jacó, e o seu reino não terá fim. ” (Lucas 1, 30)

Tudo isto não era precisamente para tranquilizar Maria. Ao contrário, seu filho era muito especial, e Maria tinha tantas perguntas. Havia tantas perguntas sem respostas. Mas Maria respondeu ao anjo:

“Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra.” (Lucas 1, 38)

O ressentimento e a falta de perdão

Este é o segundo grande destruidor da felicidade. José tinha motivos para estar ressentido. Ele amava Maria, era sua prometida, mas esta surpresa da gravidez deixou José totalmente desconcertado.

José tinha grandes planos para sua vida. Ele trabalhava como carpinteiro (operário) e tinha já fechado um acordo para casar com Maria, mesmo respeitando seus planos, mas agora, essa gravidez lhe impedia de acolher Maria e o futuro para ele ficava realmente escuro.

Mas o que fez José? Ele não procurou vingança, não ficou ressentido nem magoado porque aquela gravidez de Maria tinha arruinado todos seus planos. José nem cogitou sequer em expor Maria.

Quando José se viu prejudicado, ele perdoou e tirou toda amargura do coração

Ou seja, José não guardou mágoas, não ficou com ressentimento. Ele simplesmente segue preocupando-se por Maria, sacrificando-se pela mulher que ele amava.

Confusão e o medo

Outro grande destruidor da felicidade é a confusão, quando não sabemos para onde vamos, quando nos sentimos perdidos, isso suga nossa felicidade.

Muitos personagens no primeiro Natal estão confusos: Maria está confusa, José está confuso, os pastores estão confusos, Herodes está confuso. Diz a Bíblia que, com Herodes, toda Jerusalém ficou confusa. (Mateus 2, 3)

Também os Reis Magos estão confusos. Eles são homens sábios vindos do oriente. Eles estão buscando a Deus, devem ter lido diversos livros sagrados da época, investigavam as fontes da sabedoria que tinham à mão.

Como estão confusos, eles vão perguntar no palácio de Herodes onde estava o menino rei que acabava de nascer. Como temos que responder diante da confusão? Como os reis magos!

Quando os Reis Magos estão confusos, eles decidem seguir a luz de Deus, um passo de cada vez.

Lembre-se: siga a luz de Deus, mesmo que ainda não compreenda como isso faz sentido. Busque a orientação na Palavra de Deus, no Magistério da Igreja, na sua própria consciência.

Quando estamos confusos, temos que aprender a confiar em Deus e seguir sua luz um passo de cada vez.

Confie em Deus, siga sua estrela um passo a cada vez. Vença o medo com a coragem, a confusão com a confiança, a ansiedade com o abandono e entrega a Deus, o ressentimento com o perdão.

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