Neste Segundo Domingo do Advento, relembramos a significativa figura de João Batista, cuja missão foi preparar o coração do povo para a chegada do Messias, Jesus Cristo. Mas afinal, quem foi João Batista? E por que Jesus o considerou como alguém incomparável?

Na homilia deste domingo, o Pe. Rodrigo Hurtado, LC, nos ajuda a compreender a essência de João Batista e as virtudes que o destacaram como o maior dos profetas.

João foi um homem de Deus

João era filho de um sacerdote do templo, vindo de uma família abastada e respeitada em Jerusalém. Sua personalidade forte o levou a abandonar os confortos da cidade em busca de uma vida mais próxima de Deus, refugiando-se no deserto. Seu desejo era impactar o mundo ao seu redor.

Vivendo uma vida de oração, jejum e estudo das escrituras, João logo deixou a comunidade dos essênios para se tornar um eremita no deserto. Vestido com pele de camelo e alimentando-se de gafanhotos, sua austera presença e discurso incisivo geravam temor até mesmo entre as crianças.

João foi um homem de Deus para os homens

Contudo, João percebeu que sua missão não poderia se limitar ao isolamento. Sentiu o chamado de Deus para ser profeta diante do povo. Assim, iniciou o segundo estágio de sua vida.

“João batizava no deserto, pregando um batismo de arrependimento para perdão dos pecados.”

(Marcos 1, 4)

Sua pregação atraía multidões, vindo de todas as partes para ouvi-lo. Era visto como um profeta de um novo Êxodo, pregando no deserto e batizando no rio Jordão.

Nesse momento, João compreendeu sua verdadeira missão: anunciar o Messias. Ele reconheceu que a vida tem sentido quando estamos alinhados com o propósito que Deus nos revela.

A Felicidade Segundo João Batista

João encontrou sua paz interior mesmo em meio a circunstâncias adversas. Mesmo diante da morte solitária e violenta, compreendeu a verdadeira felicidade, similar àquela que Jesus pregaria nas Bem-aventuranças.

Antevendo seu destino, João enviou mensageiros a Jesus perguntando se Ele era realmente o Salvador. E a resposta de Jesus foi esclarecedora:

“Os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e as boas novas são pregadas aos pobres.” (Mateus 11, 5)

Assim, João compreendeu que, apesar dos desafios, sua missão havia sido cumprida e estava em paz com Deus, experimentando a paz interior proveniente dessa realização.

Conclusão

João Batista pregava a necessidade da conversão profunda, não apenas como um desejo futuro, mas como uma transformação imediata de mentalidade e atitudes. Anunciava a vinda do Salvador, convidando todos à mudança de vida, pois sabia que a salvação está ao alcance de todos, mas cabe a nós vivermos de acordo com a salvação que Deus nos dá.


Assista à homilia do Pe. Rodrigo Hurtado LC, na íntegra, através de seu canal de YouTube, ou tenha acesso a um conteúdo de Estudo Bíblico da liturgia dominical do ano todo com o curso Conhecer e Viver a Bíblia, que está em nossa loja aqui no site.