No último dia 12 de maio, o Papa Francisco esteve presente em um evento chamado “Estados Gerais da Natalidade”, uma iniciativa italiana que busca combater o inverno demográfico que aquele país europeu enfrenta há décadas.

Em seu discurso, o Santo Padre revelou que “o nascimento de bebês é o principal indicador para medir a esperança de um povo. Se nascem poucos, significa que há pouca esperança”.

Além disso, o Papa fez uma crítica a essa cultura criada em nossa sociedade moderna que impulsiona a pessoa ao individualismo e ao afastamento dos demais, que torna o ato de fundar uma família, com seus desafios e responsabilidades, aquilo que ele chamou de um “esforço titânico”.

Para Francisco, a consequência disso é que parece que “só os mais ricos podem se permitir, graças a seus recursos, mais liberdade na hora de escolher que forma dar a suas vidas. E isto é injusto, além de ser humilhante”.

Além disso, o Papa elenca uma série de fatores que contribuem com a crise da família hoje, como a “dificuldade para encontrar um trabalho estável, a dificuldade para se manter um trabalho, as moradias proibitivamente caras, os aluguéis nas nuvens e os salários insuficientes”. 

A empresa como promotora da família

Esse discurso do Santo Padre não quer simplesmente dar uma “desculpa” para a crise na família que está acontecendo no mundo hoje. O inverno demográfico que assola a Itália já chegou também a todos os países do ocidente, inclusive o Brasil.

Todos os economistas já previram há tempos o colapso do sistema de previdência por conta de um maior número de aposentados frente a um menor número de trabalhadores contribuindo para manter esse sistema. 

Portanto, esse discurso do Papa Francisco, ao invés de nos colocar contra a parede, nos impulsiona a pensar naquilo que nós, que possuímos condições de fazer algo para transformar essa realidade, tenhamos que fazer.

Daí a importância de quem está à frente das empresas, pequenas ou grandes, de tomar para si essa missão de dar esperança ao nosso povo. Não compete ao governo dar esperança ao povo, mas sim, a nós, que podemos realmente fazer algo para promover a família em todos os sentidos.

O Papa nos exorta, em seu discurso, de que “não podemos aceitar que nossa sociedade deixe de ser generativa e degenere em tristeza”.

As empresas, que por sua natureza, devem ser promotoras do bem comum, precisam ser promotoras da família, já chamada uma vez de célula mater da sociedade. Isto é, o bem comum em sua essência. 

É preciso que a preocupação com o meio ambiente, com as relações de trabalho, com o lucro, também se reflita na preocupação com os valores eternos, com a necessidade de possibilitar aos jovens que estão no mercado de trabalho, a possibilidade de “que lutem por realizar seu sonho familiar e não sejam obrigados a diminuir sua lista de desejos, conformando-se com sucessos privados e medíocres”.

É missão do empresário e líder católico, promover a família também no ambiente de trabalho, seja dando condições para que os jovens possam almejar construir seu lar com dignidade, em todos os âmbitos, seja também criando ambientes negócio que não contribuam para a degradação das famílias que já existem. 

Alimentar a esperança

O Papa Francisco nos revela em seu discurso que “a esperança se alimenta do compromisso de cada um com o bem, cresce quando nos sentimos partícipes e implicados em dar sentido à nossa vida e à dos demais”.

“Alimentar a esperança é, portanto, ação social, intelectual e recursos ao serviço do bem comum, é semear o futuro. A esperança gera mudanças e melhora o futuro”. (Papa Francisco)

Por fim, o que aprendemos do Santo Padre é que nós, sim, temos os mecanismos para promover esse bem comum. E agindo dessa forma, nós conseguiremos melhorar o futuro de nossa sociedade, desde as pessoas que estão ao nosso lado, no dia a dia, até mesmo o próprio futuro do país.

Acesse agora o aplicativo de meditações Seedtime e ouça a série de meditações Deus e os negócios e descubra como é possível, mesmo no ambiente empresarial, onde se busca primeiramente o lucro, ser um instrumento de esperança.

https://seedtime.app/serie/deus-e-os-negocios