É interessante notar nos relatos do Evangelho sobre a ressurreição o fato de Jesus ter como primeira testemunha de sua ressurreição uma mulher, Maria Madalena, uma de suas discípulas mais fervorosas.

Na verdade, cabia às mulheres o trabalho de levar perfumes ao túmulo do falecido, como nos descreve Lucas em seu Evangelho (Lc 24, 1) e, por isso, elas foram aquelas que testemunharam a tumba vazia. Contudo, os evangelhos confirmam que Jesus apareceu primeiro a Maria Madalena.

Quem era Maria Madalena?

Quem era essa mulher sobre a qual encontramos na Bíblia apenas duas descrições de sua origem? A primeira está em sua naturalidade, que muitos pensam ser seu sobrenome. Madalena significa oriunda de Magdala, uma cidade situada às margens do Mar da Galileia, a meio caminho entre Tiberíades e Cafarnaum.

A segunda descrição que temos de Maria Madalena está no Evangelho de Marcos (16, 9), que relata foi ela a primeira testemunha da ressurreição e que dela Jesus tinha expulsado sete demônios.

Estas são as únicas descrições que temos de Maria Madalena nas Escrituras, já que não podemos presumir, pelo Evangelho, que ela seja Maria, irmã de Lázaro, ou aquela mulher adúltera que seria apedrejada.

Mas, só pelo simples fato de considerarmos a cidade que dá à Maria seu apelido, já podemos compreender algo sobre ela. Maria estava no caminho de Jesus. A localização de sua bela cidade, na região da Galileia, foi crucial para colocá-la frente a frente com Seu Salvador e Mestre.

A fama de Jesus se espalhava naquela orla do Mar da Galileia e a pobre Maria, atormentada por sete demônios, certamente ouvira falar daquele que a podia libertar. Não sabemos ao certo como se deu o primeiro encontro dela com o Senhor, mas sabemos que esse encontro foi decisivo na vida dela.

Depois disso, ela se tornou sua discípula e foi, por assim dizer, a apóstola dos apóstolos, pois foi ela quem anunciou a eles que o Senhor havia ressuscitado. Seu Rabi, seu Mestre, havia vencido a morte.

Magdala

Para compreender a história de Maria Madalena, é preciso ir até Magdala. Sim, ainda hoje é possível visitar as ruínas arquitetônicas daquela que foi a morada desta Santa Mulher. 

Há alguns anos, em 2005, o encarregado da Santa Sé para o Instituto Pontifício Notre Dame de Jerusalém, Pe. Juan Solana LC, sentiu que Cristo o chamava a construir um centro para peregrinos na Galileia.

Quando a construção foi iniciada, em 2009, ninguém podia imaginar que ali se encontraria uma sinagoga do primeiro século e, dentro dela, a Pedra de Magdala, um dos achados arqueológicos mais importantes nos últimos 50 anos.

No curso das escavações, os arqueólogos encontraram um povoado judeu completo e intacto do primeiro século, identificado como a antiga cidade que teve por moradora mais famosa, Maria, a discípula de Cristo.

Hoje em dia, em Magdala está a sede do centro de oração Duc In Altum e é um dos destinos de peregrinação na Terra Santa.

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