Nesta quinta-feira, Adriano Dutra recebe em nosso podcast Café com Fé, o jornalista Márcio Campos, jornalista da Rede Bandeirantes, apresentador do canal Terra Viva e repórter da equipe do Jornal da Band. Márcio, nascido em Cruzília, Minas Gerais, vem nos contar sobre a devoção à beata Nhá Chica, conhecida como a “Santinha de Baependi”.

Márcio, que escreveu um livro sobre a beata mineira chamado «Beata Nhá Chica, o milagre da “santa” brasileira», já inicia o episódio do podcast dizendo que seu objetivo é poder falar de Nhá Chica e torná-la conhecida. Ele conta também que a devoção a essa serva de Deus sempre esteve presente em sua família, oriunda da região de Baependi, no sul do Estado de Minas Gerais.

Francisca de Paula de Jesus, conhecida como Nhá Chica (Abreviatura de Senhora Francisca), nasceu em Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno, há época, um distrito de São João Del Rei, por volta de 1808 e chegou ainda criança a Baependi.

Sua mãe, antes de falecer, lhe deixou o conselho: “Não se case para viver melhor a religião e para praticar a caridade” e também lhe pediu que ela “não fosse comadre de ninguém”, o que Nhá Chica entendeu como um pedido para que não fosse madrinha de batismo de quem lhe pedisse. 

Márcio conta que Nhá Chica sempre teve uma fé muito simples, porém muito forte, na intercessão de Maria Santíssima sob o título de Imaculada Conceição. Quando alguém ia pedir algo para ela, ela dizia que iria para o quarto conversar com sua “Sinhá” e traria a resposta que Ela lhe daria.

Foram inúmeros os casos de pessoas, inclusive ligadas ao Império da época, que íam a Baependi socorrer-se das orações de Francisca e voltavam para casa animados por uma esperança da resposta dada por Nossa Senhora. Inúmeros também foram os casos de conselhos especiais e profecias que acabavam por se cumprir logo em seguida.

Assim, a fama de Nhá Chica já ía crescendo em vida e a devoção à sua intercessão, após sua morte, só cresceu até que os milagres foram surgindo e um deles, relatado no livro do Márcio, foi suficiente para sua beatificação.

O processo de canonização segue para sua última fase perante a Santa Sé para que ela chegue a ser canonizada e, portanto, possa ser chamada de “santa”, fama que já angariou em vida.

Um livro sobre Nhá Chica

O jornalista relata que seu livro sobre a Nhá Chica, na verdade, é sua forma de agradecer por uma graça muito importante recebida, como se fossem aqueles anúncios publicitários que as pessoas mandavam publicar em jornais por graças alcançadas. Em 2013, sua esposa, Verônica, ficou enferma e os médicos não conseguiam encontrar o diagnóstico e, por dias, a angústia de não saber qual era a doença que padecia tomava conta da família, até que Márcio, ao se dirigir à beata Nhá Chica em suas orações, pediu-lhe a graça de obterem tal diagnóstico, para que a doença pudesse ser tratada.

Naquele mesmo instante em que ele rezava na capela do Santíssimo Sacramento na Paróquia de S. Pedro e S. Paulo, próxima ao hospital onde sua esposa estava internada, uma médica, que não fazia parte da equipe interdisciplinar que estudava o caso tomou conhecimento e foi até o quarto para olhar os exames de Verônica. Em seguida, a médica pediu para que os exames fossem refeitos em um determinado laboratório com marcadores para uma determinada doença. Pronto! Diagnóstico em mãos e o tratamento pôde ser feito.

Verônica, hoje, encontra-se curada e Márcio sentiu que, como forma de agradecer à Beata que intercedeu imediatamente por eles, iria buscar torná-la mais conhecida. Inclusive, o episódio mais interessante foi quando, após uma verdadeira batalha, ter conseguido estar no voo que trazia o Papa Francisco ao Brasil para sua primeira viagem internacional e poder entregar ao próprio Pontífice uma relíquia de Nhá Chica e fazer o pedido pessoal para que ela fosse canonizada.

Em seu livro, Márcio ainda traz inúmeros relatos reais de graças recebidas por intercessão da “santinha de Baependi” e também seu testemunho pessoal do milagre que sua própria família recebeu. A obra, lançada pela Editora Angelus, pode ser adquirida pelo site da editora.

Você também pode acompanhar o bate papo com o Márcio Campos em nosso Café com Fé na íntegra, tanto em nosso canal do YouTube, pelo link abaixo, como pelo aplicativo de meditações Seedtime. Baixe agora mesmo e busque o podcast Café com Fé.