Todos somos capazes de saber o que é certo, o que é errado e, a partir disso, fazer escolhas e agir de maneira coerente com elas. Há alguns dias falamos sobre o livre-arbítrio, e como temos o poder de decisão sobre nossas ações. Hoje falaremos das consequências de uma má decisão, da corrupção em nossas vidas, isto é, do pecado.

Para começar, é necessário deixar claro que Deus não é, de maneira alguma, a origem do pecado. Sua absoluta bondade e transcendência não permitem que ele peque. Além disso, encontramos na bíblia a seguinte passagem:

“Por isso escutem-me, vocês que têm conhecimento. Longe de Deus esteja o fazer o mal, e do Todo-poderoso praticar a iniquidade.”

(Jó 34, 10)

Assim, é necessariamente verdade que tudo o que Deus criou é originalmente bom. Isso também está na bíblia:

“E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto.”

(Gênesis 1, 31)

Mas, se tudo era bom, como começou a corrupção? Bom, tudo aconteceu com a queda de alguns anjos para o lado do mal, entre eles estava Lúcifer, que veio a se tornar o diabo. São Paulo, na carta a Timóteo, fala um pouco sobre os motivos de Lúcifer ter se precipitado:

“Não pode ser recém-convertido, para que não se ensoberbeça e caia na mesma condenação em que caiu o diabo.”

(1 Timóteo 3, 6)

Ou seja, Lúcifer caiu pelo seu orgulho, pela sua soberba de tentar ser melhor que Deus. Não é por coincidência que foi exatamente essa proposta que ele fez a Adão e Eva, que logo após isso, cometeram o pecado original.

Talvez seja um dos momentos mais tristes da história da humanidade, afinal, Adão e Eva foram criados à imagem e semelhança de Deus, eram puros e bons. Tinham a vida eterna garantida. Entretanto, sucumbiram às tentações.

E, como primeiro ser humano, o pecado de Adão fica impresso nas almas de todos os seus descendentes logo ao nascer. Por isso sofremos tanto com as tentações diárias, somos inclinados ao mal, já vivemos em um mundo que não é mais o mesmo que Deus criou.

“Como está escrito: ‘Não há nenhum justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, ninguém que busque a Deus. Todos se desviaram, tornaram-se juntamente inúteis; não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer. Suas gargantas são um túmulo aberto; com suas línguas enganam. Veneno de serpentes está em seus lábios. Suas bocas estão cheias de maldição e amargura. Seus pés são ágeis para derramar sangue; ruína e desgraça marcam os seus caminhos, e não conhecem o caminho da paz. Aos seus olhos é inútil temer a Deus.’”

(Romanos 3, 10-18)

As palavras de Paulo são fortes, mas retratam a lamentável condição do nosso mundo já muito corrompido pela maldade. A boa notícia para nós que amamos e tememos a Deus, é que Jesus Cristo foi enviado à terra justamente para nos salvar e abrir, mais uma vez, as portas do céu que há tanto tempo estavam fechadas.

É por isso que chamamos Jesus Cristo de Salvador! Ele, que nunca pecou, nos livrou de todos os males e deu para nós a valiosa chance da redenção.