Há alguns dias falamos sobre práticas interiores devocionais na Consagração à Nossa Senhora, e hoje falaremos sobre as práticas exteriores, que não devem ser deixadas de lado. É claro que entregar o coração e a alma é importante, mas atos sensíveis também são.

O primeiro deles é, por exemplo, o Santo Rosário. Rezar o rosário todos os dias, com concentração, entregando tudo nas mãos Dela, é um pedido da própria Mãe de Deus. Isso não deixa de ser uma prática interna, mas também é uma prática sensível, externa.

Os exercícios que precedem o ato da Consagração também são práticas externas fundamentais. Para começar, é preciso escolher uma festa mariana para voluntariamente servir à Maria. Então começa a preparação um mês antes.

Os primeiros 12 dias geralmente são orações pedindo o desapego das coisas mundanas e passageiras, pois o espírito do mundo é contrário ao de Jesus. Os próximos 18 dias são dedicados às orações propostas por São Luis Maria Grignon de Montfort, devotadas à nossa Mãe.

Assim, no dia da Consagração, nosso estado de espírito deve ser outro, diferente dos dias comuns, devemos estar concentrados e com o coração em chamas. É sempre bom, também, oferecer algum sacrifício como jejum, uma mortificação, ou até uma obra de caridade. Não se trata de um ritual litúrgico, o que importa é vivenciar a paixão de Nossa Senhora.

Outros exemplos de práticas externas são a Recitação da Coroinha da Santíssima Virgem, que consiste basicamente em rezar 3 Pai-nossos e 12 Ave Marias em honra às doze grandezas da Virgem. Escute à meditação no Seedtime “Terço das virtudes”

Você também pode, por exemplo, utilizar colares com uma medalha de Nossa Senhora para assim demonstrar ser escravos de Jesus em Maria. Há 3 principais motivos para usá-las:

  1. Servem para sempre relembrar os compromissos firmados a partir do batismo e que ele deve se manter reto em sua fé
  2. Não se envergonha em ser devoto a Jesus, em estar preso a ele.
  3. Mantém o cristão seguro dos pecados e dos inimigos

Por último, outra obra externa é a recitação da Magnificat, a única oração e a única obra composta por Maria. Se você não sabe, aqui está ela:

“A minha alma glorifica ao Senhor
e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.
Porque pôs os olhos na humildade da sua serva:
de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações.
O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas:
Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração
sobre aqueles que O temem.
Manifestou o poder do seu braço
e dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos
e exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens
e aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu Israel seu servo,
lembrado da sua misericórdia,
como tinha prometido a nossos pais,
a Abraão e à sua descendência
para sempre.
Glória ao Pai e ao Filho
e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre.
Amém.”