Hoje a Igreja celebra o dia de Santa Teresa de Jesus, também chamada de Santa Teresa D’Ávila, por sua cidade de nascimento, e que também foi conhecida por ser uma das reformadoras da Ordem das Carmelitas.

Tereza de Cepeda e Ahumada, nasceu no ano de 1515. Aos 20 anos “fugiu” para o Mosteiro da Encarnação, das Carmelitas. Após 25 anos de Carmelo, pede ao provincial a autorização para fundar novas casas, com menos irmãs e uma vida mais austera, pois no convento em que vivia era uma comunidade de 200 irmãs.

Nesse período de fundação de novas casas, Terese recebe o apoio de São João da Cruz e conseguiu também a autorização de Roma para separar a Ordem do Carmelo em Carmelitas Descalças (por usarem sandálias ao invés de sapatos) das Carmelitas calçadas, a que pertenciam.

Ela deixa para S. João da Cruz a missão de fundar novos conventos e escrever a regra para os mosteiros masculinos. 

Contudo, talvez o legado mais importante de Teresa sejam seus escritos e ensinamentos sobre a espiritualidade. Em suas obras, Teresa nos deixa claro que a vida de um católico é dinâmica e deve progredir. Nossa amizade com Cristo não deve ficar apenas num nível básico, mas devemos nos aprofundar cada vez em nossa vida de oração e de união com Deus.

Através de sua vida de profunda oração, Teresa chegou a uma intimidade tamanha com Deus que, certa vez, em oração ela viu um anjo que transpassou seu coração com uma seta de fogo, fato este que é comemorado pelo Carmelo com a festa da Transverberação do coração de Santa Tereza, no dia 27 de agosto. Conta-se que ela também tinha o dom de predizer o futuro e de conhecer as consciências das pessoas.

Transverberação de Santa Teresa – Bernini – foto: José Caetano, ROMA, 2005

Santa Teresa escreveu várias obras grandiosas e profundas, como «O Caminho da Perfeição», «Pensamentos sobre o Amor de Deus», «Castelo Interior», «A Vida». Ela morreu em Alba de Tormes na noite de 15 de outubro de 1582 aos 67 anos, e em 1622 foi canonizada. 

Conseguiu fundar mais de trinta e dois mosteiros, além de recuperar o fervor primitivo de muitas carmelitas, juntamente com São João da Cruz. Sofreu física e moralmente antes de morrer, até que, em 1582, disse uma das últimas palavras: “Senhor, sou filha de vossa Igreja. Como filha da Igreja Católica quero morrer”.