O mundo de hoje define a grandeza e o sucesso em termos de poder, dinheiro, fama, status, prestígio… Se você pode fazer com que outros lhe sirvam, então você é um homem/mulher de sucesso. Em nossa cultura atual, quem é grande não serve, é servido.

Por isso, ser servo hoje não é muito popular, entretanto Jesus definiu a grandeza, não pelo status, mas pelo serviço. Para Deus a grandeza depende de quantas pessoas você serve, não quantas lhe servem.

Isto é algo completamente contracultural tanto hoje como era nos tempos de Jesus. Numa ocasião os discípulos vinham no caminho discutindo quem deles era o maior, o mais importante. Quando chegaram a seu destino, Jesus lhes perguntou:

“Sobre o que discutiam pelo caminho?” Eles, porém, ficaram em silêncio porque no caminho haviam discutido sobre quem era o maior. Assentando-se, Jesus reuniu os doze e lhes orientou: “Se alguém deseja ser o primeiro, será o último, e servo de todos”.

(Marcos 9, 33)

Jesus foi um dos maiores líderes que existiu na história, por muitos motivos: Sua visão, sua coerência, suas inteligência, sua determinação… mas na base de toda essa grandeza estava o serviço. Jesus foi grande porque tudo o que fazia o fazia para servir.

“O Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como único resgate por muitos.”

(Mateus 20, 28)

Aí está a chave da liderança cristã: Se você quer ser um grande líder, tem que focar no serviço, não na liderança. A sua liderança de cristão, não está baseada em quantas pessoas lhe servem, mas em quantas você serve. Quer ser o maior líder da história? Faça como Jesus: Viva para servir o mundo inteiro.

Para ser um líder que serve, precisa começar por uma mudança de mentalidade, uma mudança das atitudes profundas que determinam todas suas decisões e ações. Como se vê uma mentalidade de servo? Eu diria que tem pelo menos cinco características:

1. O servo pensa mais nos outros que em si mesmo

Essa é a primeira característica que percebemos. Os servos focam nos outros, nas necessidades dos outros, nos desejos dos outros. São Paulo ensinava isto aos Filipenses: “Cada um zele, não apenas por seus próprios interesses, mas igualmente pelos interesses dos outros.” (Filipenses 2, 4)

2. O servo busca fazer tudo com fidelidade e perfeição

Os servos buscam fazer tudo com fidelidade e perfeição, porque eles nunca esquecem que Deus é o dono e criador de tudo o que existe e que eles têm que administrar apenas o que Deus colocou nas suas mãos e administrá-lo com fidelidade. Tudo o que temos nos foi dado por Deus e de tudo teremos que prestar conta um dia.

São Paulo diz aos coríntios: “Todas as pessoas devem nos considerar servos de Cristo encarregados dos mistérios de Deus, e o que se requer dos servos é que sejam fiéis.” (1 Coríntios 4, 2)

3. O servo evita a comparação e foca no trabalho

Quem tem uma mentalidade de serviço, não compete com os outros, não se compara, não critica o que os outros fazem. Estão ocupados demais fazendo seu próprio trabalho com a maior perfeição possível.

Quem tem mentalidade de serviço quer que Deus seja glorificado, não ele mesmo. Por isso, não faz sentido se comparar com outros, todos estamos no mesmo time, todos somos servos do mesmo Deus.

4. Os servos baseiam sua dignidade na relação com Jesus

Ou seja, eles não consideram algum trabalho como indigno, porque sua dignidade não está baseada no que pensam os homens, mas no que pensa Deus. Quem tem mentalidade de servo, não precisa provar nada a ninguém. Não tem medo do que possam pensar os homens.

“Sabendo Jesus que o Pai lhe outorgara poder sobre tudo o que existe, e que viera de Deus e estava retornando a Deus, levantou-se da mesa, tirou a capa e colocou uma toalha em volta da cintura. Em seguida, derramou água em uma bacia e começou a lavar os pés dos discípulos.”

(João 13, 3)

5. Para o servo o serviço é uma oportunidade, não uma obrigação

Quem tem mentalidade de servo, desfruta ajudando os outros, considera isso uma honra e uma oportunidade. Serve com alegria, porque ama a Deus, porque sabe que servir é a base da verdadeira grandeza no Reino dos Céus e porque sabe que Deus, ao final, lhe premiará como colocou Jesus na parábola sobre o juízo. O rei, que é Jesus separará as ovelhas dos bodes, ou seja, os bons dos maus, e dirá aos bons:

“Muito bem, servo bom e fiel! Foste fiel no pouco, muito confiarei em tuas mãos para administrar. Entra e participa da alegria do teu Senhor!”

(Mateus 25, 23)
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