A meditação é um exercício. Como uma “ginástica espiritual”. Assim como os exercícios físicos, ele é fundamental para que nos mantenhamos saudáveis. Meditar é oferecer um tempo para si, para uma espécie de regeneração. 

A meditação cristã é um diálogo, ou entre você e sua alma ou mesmo com outra pessoa, mas sempre envolvendo Deus. Primeiro devemos começar por questões simples, para, gradualmente, conseguirmos controlar problemas maiores. Ela pode ser feita por meio da leitura e da escrita, colocando ordem aos pensamentos, e até por meio da música.  

A necessidade de meditar pode parecer algo recente devido a todo o caos do mundo contemporâneo. Entretanto, a prática da meditação acompanha a história do cristianismo, antes mesmo do nascimento de Cristo e da realização de seus milagres. Homens como Fílon de Alexandria já meditavam sobre o Velho Testamento. As leituras e meditações do filósofo, sua exegese, foi fundamental para aqueles que seriam os Pais Fundadores da Igreja (patrística).

O que é a meditação e como posso meditar? Moça sentada no sofá, com headphones verdes e o logo do Aplicativo de Meditação Católica Seedtime.

Os Conceitos Históricos

Fílon toma emprestado um dos conceitos fundamentais do estoicismo, a prosochè. A ideia da meditação é ter os recursos para enfrentar as tribulações sempre à mão, e por isso é preciso estar sempre atento e vigilante. Isso é a prosochè, viver e pensar sempre no agora. Existe algo mais fundamental para uma boa meditação do que isso? O homem atento vive sempre na presença de Deus.

Podemos encontrar nas próprias Escrituras Sagradas, em Deuteronômio 15:9 encontramos a seguinte passagem:

“Guarda-te, para que não haja palavra perversa no teu coração”

           São Basílio Magno, ou Basílio de Cesareia, tem uma famosa homilia onde ele comenta esse pequeno trecho. A comparação com o “conhece-te a ti mesmo” de Sócrates é imediata. Basílio nos exorta a conhecermos tanto nossas qualidades como nossos defeitos, tudo aquilo que recebemos de Deus. 

O filósofo Georges Friedmann escreve em seu livro “O Poder e a Sabedoria” que precisamos fazer um voo a cada dia, pode até ser breve, mas deve ser sempre intenso. É assim que saímos do decurso do tempo e podemos eternizar-nos ultrapassando-nos. A meditação é essa transcendência de um tempo terreno para um tempo sagrado. Quando meditamos com seriedade, poucas coisas podem desviar nossa atenção daquilo que importa, o Eterno. 

Constância é fundamental

Como qualquer exercício, a meditação deve ser constante. São Doroteu de Gaza nos convoca dizendo “Meditai, então sem cessar sobre esses conselhos em vossos corações irmãos. Estudai as palavras dos santos anciãos”. Segundo ele, guardando os santos ensinamentos em nossas mentes será mais difícil se desviar do caminho sagrado pecando.

A meditação não começou hoje e não terminará amanhã. Enquanto houver cristãos no mundo, a meditação seguirá viva. Ela se transforma e acompanha todas as mudanças e necessidades do mundo. Portanto, medite e sinta-se assim mais perto de si próprio, bem como de Deus. O que fizemos agora foi uma meditação, viu como não é tão complicado?

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